quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Capítulo 4 - Parte 1 - Respostas


POV: Will
Acordei com o barulho das batidas insistentes na porta.
- Garoto, abra logo a porta!! - falou uma das fúrias com a voz irritada.
Levantei da cama, sem a intenção de abrir a porta.
- Pare!! Megaira, queremos, não, EU quero a confiança dele, se você não estiver entendendo retire-se imediatamente!! - disse outra.
-Mas...
- Chega de 'mas' vocês duas PARA FORA AGORA, entendido?
- Sim - as outras duas falaram com a voz um pouco tremula.
Ficou silencioso. Olhei pela janela o sol estava se pondo. Me virei para a porta, pensando no que fazer...
***
Peguei a mochila e abri a porta, a casa estava estranhamente silenciosa, olhei para os lados. Quando faltava apenas três metros para eu chegar na porta, eu escutei a voz de uma das φιλάνθρωπος (Benevolentes). Me virei, era aquela que tinha me arrastado até a casa.
- Garoto se você sair, vai ser pior para você. - falou ela com a voz severa.
- Por que diz isso?
-Você não tem arma para utilizar contra os τέρατα (monstros). - ela falou calmamente.
Eu tinha que concordar, eu só fugia dos monstros, πάντοτε (sempre), essa era a minha melhor arma. A corrida de alta velocidade.
- Venha para eu lhe dar uma provisória. - continuou.
Isso me assustou, eu já sabia que ela era um monstro, mais exato, uma Fúria. Desde quando os monstros são amigáveis? Ela se virou e eu a segui. Mas uma pergunta não parava de rondar minha mente.
- Qual fúria é você? - estranha, mas muito significativa, afinal, você só pode diferenciar as fúrias pelo nome. Eu já sabia pelo que ouvi no quarto que não era a Megaira, então sobrava Tisífone ou Alecto.
- A servente mais confiável, mais chamada pelo senhor άδης (Hades) para fazer tarefas pequenas e importantes. - ela deu uma pausa mais logo continuou - Ἀληκτώ (Alecto), se preferir.
Com isso parei ela olhou para mim com indiferença, balançou a cabeça e continuou. Estava repassando a conversa que ouvi no quarto e pensando ela era a única ali então foi ela que falou ' ...EU quero a confiança dele, se você não estiver entendendo retire-se imediatamente!!'

POV: Alecto
Bom, para os poucos que não me conhecem sou, como disse: ' A servente mais confiável, mais chamada pelo senhor άδης (Hades) para fazer tarefas pequenas e importantes' e também a Fúria líder, coisa que esqueci de acrescentar na minha breve apresentação.
Levei o menino para a sala de armas. Aquele era o último lugar em que queria estar. Mas fazer o que? Queria ajudar.
Ημίθεοι που διαβάζετε αυτές τις λέξεις να δώσουν προσοχή σε αυτό που θα πω (Semideuses que estão lendo essas palavras prestem atenção no que eu vou dizer:)
Είναι ο μόνος ημίθεος σκέφτηκα « δώσει μια χείρα βοηθείας», έτσι δεν απολαμβάνουν (Ele é o único semideus que pensei em 'dar uma ajuda', então não festejem!!!)
MINHA IRA AINDA É FORTE COM VOCÊS!!!!
Bom, voltando para a sala. O menino... qual o nome dele??? (Autora responde: Willian, eu sei que você é antiga, mas devia saber, não é?) (Fúria irritada: Fica quieta!!! E eu não sou velha!!!) (Autora: eu não disse velha)
O Willian fez uma cara engraçada, como se nunca tivesse visto tanta arma. (autora: e ele não viu) Se bem que, até Ares admiraria minha 'coleção'. Tinham adagas, facas, espadas de guerra, espadas de esgrima; também são boas para luta; punhais, espadas duplas, espadas velhas, espadas mofadas, dardos e... em algum lugar arco e flecha. (Autora: bagunceira.) (Fúria irritada:EU NÃO SOU BAGUNCEIRA!!! E também aqui tem arma que tem mais que mil anos!! O que você queria???) (Autora responde:Limpeza?) (Alecto: desisto!)
- Isso é para que?
Agradeço essa pergunta que o menino fez, não aguento aquela autora! (autora com raiva: eu estou aqui, sabe?) Não disse?
- Para lutas, o que mais? - respondi o mais calmamente possível.
- Lutas contra o que? - a testa dele estava franzida, é isso que eu gosto dele!!! ELE NÃO MATA MONSTROS, IGUAL CERTAS PESSOAS!!!! (autora irritada: os semideuses matam monstros quando vão ser mortos!!) (Alecto: ele não!!) (autora irritada:desisto!!)
- Minha família é um bom exemplo.
Ele me olhou com um meio... sorriso?! Vou matar esse garoto!!! (autora: deixe-me ver... não está no script) (Fúria: chata) (autora irritada: eu?! se não fosse eu você nem estaria narrando!!!) (Alécto: 'silencio')
- Monstros?
- Sim. - respondi irritada com ele e a CHATA (Autora irritada: EU NÃO SOU CHATA!!!!) (Fúria inocente: eu não disse que era você....) (Autora MUITO IRRITADA:MAS PENSOU!!!) (Fúria: ela lê pensamentos?) (AUTORA MUITO BRAVA: NÃO, MAS EU SEI DE UM MODO OU OUTRO EU SEI!!!)
- É para eu escolher? - eu teria rido da expressão dele, se não fosse tão boazinha. (autora: sei... você? boazinha?) (Léc: deixa eu contar a história? ... POR QUE VOCÊ ABREVIOU MEU NOME????) (autora: é mais bonitinho!)
- Sim, qual arma você prefere? Não se esqueça, é só uma provisória, quando você chegar no acampamento vai receber uma de verdade! Uma que será perfeita!
- Tirando as στιλέτα, σπαθιά, μαχαίρια και μαχαίρια (adagas, espadas, facas e punhais) o que tem?
Ele me pegou de surpresa! Como disse, tinha dardos pequenos, mas eram poucos e eu não sei onde está o arco e flecha. (autora: Ra! Eu disse que você era bagunceira! Ele te pegou muito bem!!!) (Léc: eu não sou bagunceira, mas é que a maioria prefere espada, então para que dardos?) (autora: prevenção?) (Léc: DUAS COISAS PARA VOCÊ!!! 1ª- VOCÊ ESTÁ ME IRRITANDO!!! 2ª - PARA DE ABREVIAR O MEU NOME!!!) (autora: continua a história!! Leitores impacientes estão esperando!!)
- Tem... Hmm... Dardos, aquele pequenos de jogos. Serve? - ele riu baixinho.
- Talvez - ele deve ter visto que eu fique incomodada com os aquela pergunta - quantos tem?
Puxa vida!! (Alé implorando: não tinha outra pergunta?) (autora: não você me chamou de chata, então merece!!) (Alé: volta para o Léc pelo menos!!!!) Fui pegar a sacola de dardos, abri e contei mentalmente... Deviam ter uns vinte, na última vez gue eu vi tinha isso ou um pouco mais... Terminei de contar e resultado doze???!!! Não é possível, contei de novo. Doze! Puxa vida!!! (autora: esquecida)
- Têm doze, deve no máximo acabar em uma semana. - respondi num tom de voz normal, mas decepcionada por dentro.
- Posso ver?
Dei o pacote para ele viu e falou:
- Gracias.
Fiquei um pouco confusa, mas percebi o agradecimento nos olhos dele.
- Bom, acho que é o suficiente...
- Posso ir? - claro que ele queria ir, (autora: óbvio)
- Pode, vá e não se perca.

POV: Will
Eu saí... extremamente feliz daquela casa!!! Só o ato de ir embora me deixou aliviado... Bom assim que a Alécto abriu a porta eu andei calmamente por cem metros, até que quando a casa já estava bem longe eu disparei na velocidade máxima. Eu estava por volta de 60km/h, isso me deixava MUITO cansado.
Corri durante uma hora para algum lugar, sinceramente? Já estava perdido, na verdade eu nem sabia onde era aquela casa, então estou perdido desde hoje de manhã.
Quando parei deviam ser nove, dez horas, eu estava muito, mas muito cansado.
Dormi do mesmo jeito que ontem, sentado num beco escuro. Isso já esta tão comum... Foi só fechar os olhos que adormeci. No meu sonho tinha uma mulher lendo um livro em grego antigo, ela estava sentada em um trono a sala tinha paredes roxas com desenhos inexplicáveis num tom mais escuro. Ela segurava o livro com a mão direita e algumas chaves com a mão esquerda. Ao lado do trono estava uma pantera estava sentada observando a senhora fazer a fazer a leitura.
- κυρία Εκάτη (Lady Hécate)? - olhei para os lados procurando quem falou - Achou o que procurava?
Tudo bem... Aquela é Hécate, a deusa da magia, por quê não estou surpreso? Ela abaixou o livro, e eu percebi, comum choque, que era aquela mulher com quem eu tinha sonhado. O cabelo castanho caía com uma trança no ombro esquerdo, os olhos castanho escuros tinham um brilho violeta. Ela estava usando um vestido de um azul escuro quase preto com detalhes em dourado.
- Sim, Pánthira. Eu sei que você está curiosa, então vou ler para você.
Pánthira é pantera em grego, é diferente, mas se ver o significado é pouco criativo...
A Lady começou a 'história'.
- "Algumas vezes as pessoas decidem ter um filho com a pessoa por quem está apaixonada, mas ama verdadeiramente e não sabe onde está. Esses casos são muito raros, então tem bem poucos relatos sobre isso. Quando acontece, normalmente o filho ou a filha dessas ocasiões, possui características dos dois 'pais' (com duas 'mães' isso não acontece). Então a criança pode possuir poucas características do pai, e a personalidade, aparência pode ser mais parecida com a pessoa amada verdadeiramente."
Ela parou com um suspiro.
- Um livro único, escrito em edição única pela própria Afrodite. Estou impressionada, acho que nem Athena sabia disso! - Hécate continuou
Ela olhou diretamente pra mim. Logo depois tudo escureceu.
E a última coisa que me lembro de ter ouvido é uma risada melodiosa, calma e com sons que pareciam sinos ao vento.

2 comentários:

  1. Muito bom Carol!! Achei bem interessante a discussão entre a Fúria e a autora (!!!)! E como é que anda a inspiração? Teremos mais um pouco (ou quem sabe, o fim) dessa história antes que as aulas recomecem??

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    1. <ais um pouco, sim, mas acho que será o suficiente para saber quem é a filha de Ártemis!

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